quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os jovens e a política







Paulo Portas esteve hoje na ESMA a convite dos alunos do 12ºano turma A para falar sobre o que é ser de direita na política. O deputado iniciou a sua intervenção fazendo o enquadramento histórico do conceito. A sessão foi bastante participada e os alunos estiveram bastante interessados durante toda a sessão.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

22 de Abril DIA DA TERRA





Discovery Science celebra Dia da Terra na terça-feira




O Discovery Science vai exibir dia 26 de Abril, a partir das 19:24, um especial dedicado às celebrações do Dia da Terra, com a emissão de diversos documentários.
O especial inclui a estreia de «Planeta Viável», a par com a emissão de outros programas como «Se não Existisse a Lua», «Um Ano sem Verão», «Maravilhas da Natureza» e «Viagem ao Centro da Terra».
«Se não Existisse a Lua», com emissão a partir das 19:24, vai abordar as questões «Como era a Terra antes da existência da Lua?», «Como seria se não existisse?», «Teria surgido vida no nosso Planeta?» e «E se assim não tivesse sido, como seria?», segundo o canal.
«Um Ano sem Verão», que vai para o ar às 21:00 horas, vai analisar como o Monte Tambora, na parte oriental da Indonésia, tornou-se subitamente num assassino sem escrúpulos, matando pelo menos 117.000 pessoas, há quase 20 anos.
«Maravilhas da Natureza», que o canal exibe às 21:48, contará a história de como o planeta passou «de um deserto sem vida ao planeta azul e fértil que hoje conhecemos». In diário digital


Poema da Terra Adubada

Por detrás das árvores não se escondem faunos, não.
Por detrás das árvores escondem-se os soldados
com granadas de mão.

As árvores são belas com os troncos dourados.
São boas e largas para esconder soldados.

Não é o vento que rumoreja nas folhas,
não é o vento, não.
São os corpos dos soldados rastejando no chão.

O brilho súbito não é do limbo das folhas verdes reluzentes.
É das lâminas das facas que os soldados apertam entre os dentes.

As rubras flores vermelhas não são papoilas, não.
É o sangue dos soldados que está vertido no chão.

Não são vespas, nem besoiros, nem pássaros a assobiar.
São os silvos das balas cortando a espessura do ar.

Depois os lavradores
rasgarão a terra com a lâmina aguda dos arados,
e a terra dará vinho e pão e flores
adubada com os corpos dos soldados.

António Gedeão

terça-feira, 5 de abril de 2011

4 de Abril de 1992 e 1968

Aquele que na hora da vitória

Respeitou o vencido.

Aquele que deu tudo e não pediu a paga ......

Aquele que na hora da ganância

Perdeu o apetite

Aquele que amou os outros e por isso

Não colaborou com a sua ignorância ou vício

Aquele que foi "Fiel à palavra dada à ideia tida"

Como antes dele as também por ele Pessoa disse."

Sophia de Mello Breyner





A 4 de Abril de 1968 morre também o homem que dizia "I have a dream" Martin Luther King.


http://www.mlkonline.net/dream.html

domingo, 3 de abril de 2011

Desabafo de uma Directora

Pedi a demissão do meu cargo de Directora do Agrupamento de Escolas de Campelos no dia 5 de Janeiro de 2011. Não é meu costume desistir de nada. As dificuldades e os obstáculos foram sempre para mim um desafio. O facto de pedir a demissão não significa que tenha desistido. Não desistirei nunca de acreditar! Não podem no entanto pedir-me que pactue com o que estão a fazer da educação. Continuo a crer que só pela educação se poderá alterar a sociedade, continuo a acreditar que todos somos responsáveis pelo que se fez deste país e pelo que se está a passar no Mundo. A sociedade deixou que pusessem em primeiro lugar as finanças e tudo é comandado pelo “vil metal”. Os valores alteraram-se e subverteram-se de tal maneira que as pessoas ficaram para segundo lugar. A Educação passou a ser um “emblema” da governação, como factor promotor de governantes e políticos, mas em que (também aqui), de uma forma economicista de “lucro”, entendido aqui como a quantidade de alunos, a quantidade de diplomas, de sucesso, e de resultados estatísticos em detrimento da qualidade do ensino. O sistema (ou sistemas) educativo, têm promovido programas demasiado extensos e livrescos, em que não se investe no desenvolvimento da inteligência emocional dos alunos e muito menos no desenvolvimento do seu espírito crítico e reflexivo. Promove-se uma juventude alienada, desinteressada e irresponsável, desenvolvendo apenas o sentido dos direitos e do facilitismo. Uma juventude que cresce sem sentido do dever, sem a noção da preservação do bem comum, do valor e dignidade do trabalho ou da cidadania participativa. Os poderosos deste mundo não querem cidadãos conscientes, que questionem, que reclamem que intervenham, preferem manter o povo alheado, indiferente e conformado. Dão-se uns computadores aos meninos, em vez de se equiparem efectivamente as escolas. Destroem-se projectos educativos e de intervenção, põem-se em causa acções antes consideradas exemplos de boas práticas, promove-se a incompetência e a negligência em detrimento da dedicação e da competência. Avaliam-se desempenhos encenados, valoriza-se a burocracia e a aparência, não dando apreço a práticas continuadas de um trabalho quantas vezes silenciosas, mas eficientes e eficazes. Não se combate o facilitismo e a desresponsabilização dos pais e encarregados de educação, que sendo também eles fruto de uma educação em que se valorizaram apenas os direitos, não conseguem impor regras, nem admitir que tendo o seu filho prevaricado, deverá “pagar” à comunidade escolar com a sua contribuição para o bem comum!... Pobre do país e pobre do mundo em que se aposta mais no ter que no ser. Em que se hipoteca o futuro, com a finança a superar a economia, a solidariedade e sobretudo o humanismo! Vou continuar na Educação, vou trabalhar directamente com as crianças, a quem penso poder dar o meu melhor como professora que me orgulho de ser, mas não pactuando com o desnorte de que a gestão e a administração das escolas estão a ser vítimas neste momento. Sou pela defesa da ética e dos valores de humanismo e responsabilidade, é tempo de se alterar o paradigma em que nos vimos mergulhar e afundar. Acredito que se à nossa volta conseguirmos mudar pequenas coisas, conseguiremos melhorar o País e até o Mundo. Na escola, e na sociedade tudo farei para o conseguir. Sou uma utópica, eu sei, mas como diria Eduardo Galeano “UTOPIA: Ela está no horizonte, acerco-me um passo e ela se afasta dois. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos mais. Por muito que eu caminhe - Nunca a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso. Para nos fazer caminhar!...” Maria Teresa Serrenho