domingo, 17 de maio de 2009

O CEF 2C e EU



Notas de uma viagem CEF

O meu 1ºencontro com uma turma de um Curso de Educação e Formação em fins de Maio 2008 a Lisboa ao Forum Nacional de Qualificações.

O meu 2º encontro com várias turmas dos Cursos de Educação e Formação e a minha turma do CEF2C em Setembro 2008 a Monte Gordo à Feira das Energias Renováveis.


O meu 3º encontro com a minha turma, o CEF 2C, em Maio 2009 em Almeirim no seu último dia de aulas.

"What a Wonderful World" de Louis Armstrong foi a primeira canção que passei nesta turma no âmbito do módulo "Ambiente e Consumo". Estes alunos gostaram e eu também.

"As an educator we need to walk beyond borders ,we have to work in new spheres, step back from our own prejudices and look to the world with the eyes of the others. Teaching is a poetic profession and all education is about relationship and self education.”K.Singh, U.N.E.S.C.O. in Simpósio Internacional de Educação, Lisboa. Foi tendo esta frase em mente que senti a necessidade de uma mudança de atitude face ao acto de ensinar, para as novas formas de aprender e de avaliar. No início do ano lectivo verifiquei que estes alunos não gostavam de estudar, assim como, da escola. Mas que escola não gostavam? Provavelmente a escola que lhes tenta ensinar o que não querem aprender e nem lhes interessa. Por isso, como educadora e formadora resolvi actuar de uma forma diferente visto ter percebido que as quatro paredes da sala de aula para estes alunos funcionavam como um espaço castrador das suas emoções. A sua visão da sala de aula tinha de ser alterada de forma a que sua passagem pelo espaço Escola tivesse algum sucesso. Assim, umas vezes com mais sucesso e outras com menos, tentei fazer esta viagem com a menor turbulência possível mostrando a estes alunos um mundo para eles completamente desconhecido. No último dia de aulas, fazendo o balanço do ano, fiquei surpreendida com as suas memórias passadas num cenário, a sala de aula, que para si lhes era indiferente no início do ano lectivo e no final este Lobo Mau (escola) conseguiu que não caíssem no esquecimento: a pobreza no mundo; o tentar ter calma; o dar mais valor à vida; a escravidão; que o dinheiro não é tudo na vida; o Comércio Justo; o abraçar e sentir uma árvore com os olhos do coração e os filmes/documentários passados .

2 comentários:

Mário Rodrigues disse...

Acho que foi uma óptima opção, não só porque permite inovar, mas também porque é sempre uma outra forma de contornar os obstáculos. Existem muitas maneiras de resolver os problemas mas nem sempre as mais fáceis e mais rápidas são as que dão resultados mais consistentes. Porque é que a 'escola' não pode desenvolver soluções para 'cativar' mais alunos em vez de os afastar de si cada vez mais? Foi e deve ser este o caminho para a mudança, quer de mentalidades, quer de estratégia para melhores resultados. É precisa muita vontade de ambos os lados: escola e alunos.Força.

jpvideira disse...

Pois, em tempos tão difíceis para a integração, este é um exemplo de integração e programação de vida. Parabéns. É para continuar.